O que é puerpério?

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O puerpério é o período que abrange desde o dia do nascimento até a volta da menstruação no pós-parto. Popularmente é conhecido resguardo ou quarentena, que dura entre 45 e 60 dias pós-parto. Nesse período o organismo da mulher começa a voltar às condições que ele estava antes da gestação, com exceção das mamas.

O corpo humano tem um funcionamento perfeito, nas primeiras 24 horas a involução (processo no qual o útero volta ao seu tamanho habitual depois da mulher dar à luz) começa a ocorrer e neste momento a mulher não ovula mais, já que o corpo está concentrando seus esforços para a produção de leite. A amamentação é uma grande aliada, o movimento de sucção que é feito pelo bebê libera ocitocina, o hormônio colabora para o retorno da forma física.

 

Fases do puerpério

Puerpério imediato do 1° ao 10° dia do pós-parto

Nesse período ocorre o lóquio, que é uma perda de sangue vaginal com secreções, elementos celulares escamados, sangue da ferida placentária do colo de uterino e da vagina. Nessa primeira fase o fluxo é bem intenso de cor vermelho bem vivo.

Puerpério tardio do 11° ao 42° dia do pós-parto

Ocorre a diminuição do fluxo, a cor da secreção eliminada se torna mais rosa, até que acabe por completo.

Puerpério remoto a partir do 43° pós-parto

A duração pode variar de mulher para mulher. A amamentação interfere nesse período.  Nessa fase já é possível retomar as atividades sexuais, lembre-se de procurar um método contraceptivo, caso não deseje engravidar novamente.

Durante o lóquio a mamãe deve se atentar aos sinais:

  • Sangramento vermelho vivo em grande quantidade;
  • Odor forte;
  • Dores abdominais permanentes;
  • Febre.

O lóquio não possui um cheiro forte e nem causa dor intensa. Nessa situação deve-se procurar um médico, pois pode indicar um quadro infeccioso.

 

O período do puerpério pode variar de mãe para mãe, mas separamos dicas essenciais que tornarão essa fase mais tranquila, confira!

Emocional

Por conta dos hormônios, é natural que haja alguma desordem emocional, sendo assim, explosões de sentimento são comuns: a euforia pelo nascimento do bebê, a preocupação com os cuidados com o recém-nascido e a vida matrimonial, são alguns dos fatores que podem afetar como a mamãe se sente.

O baby blues (tristeza materna) é uma condição diferente da depressão pós-parto, sua principal característica é a tristeza, que se intercala com momentos de alegria e satisfação. Ocorre logo após o parto, por conta das alterações hormonais e tende a durar por volta de três semanas. Costuma desaparecer à medida que os hormônios vão se estabilizando. Já a depressão costuma ocorrer após duas semanas do parto, é um tipo diferente de tristeza, mais profunda com ou sem traços de ansiedade. É preciso estar atento aos sinais que o corpo pode manifestar e procurar ajuda médica.  Alguns sinais que a depressão pode dar:

  • Humor deprimido;
  • Ansiedade e irritabilidade; 
  • Alteração de sono e de apetite; 
  • Perda da capacidade de sentir prazer; 
  • Cansaço e desânimo intenso; 
  • Dificuldade em se concentrar; 
  • Sentimento de culpa e/ou inutilidade; 
  • Pensamentos de morte ou suicídio.

Alimentação

Cuidar da alimentação nos períodos da amamentação e no pós-parto é essencial, priorize uma dieta balanceada:

  • Alimentos cicatrizantes como derivados do leite; 
  • Ricos em ferro como feijão;
  • Fontes de ômega 3; 
  • Proteínas magras; 
  • Antioxidantes, como tomate, rúcula, limão, laranja e cenoura, por exemplo.

Evite alimentos que podem interferir na cicatrização como o açúcar refinado, industrializados, bebida alcoólica, cafeína, chocolate, gordura e embutidos. A ingestão de água também é muito importante, tente ingerir ao menos 2L de água por dia. Consulte um nutricionista para que ele avalie suas necessidades.

Rede de apoio

A rede de apoio é fundamental nesse período, um exemplo disso é o fato de o bebê mamar a cada 3 horas, sem contar o tempo que ele pode levar para arrotar. A mamãe pode não conseguir descansar. É aí que entra a rede de apoio, o pai ou o familiar que fará parte desse processo, não deve apenas incentivar a mamãe ter uma rotina equilibrada, mas também contribuir com a divisão das tarefas, para que a puérpera não se sinta sobrecarregada ou tente fazer coisas demais.

Evite a autocobrança

É natural que você mamãe queira dar o melhor dela para o bebê em todos os momentos. Porém, nem sempre isso é possível. Evite se cobrar demais, tentando ser perfeita ou super mãe nesse momento. Além de gerar frustrações, isso cria uma expectativa surreal daquilo que você pode e consegue fazer nesse momento. Faça o seu melhor, dentro daquilo que consegue fazer.

Não assuma todas as responsabilidades sozinha

O pai pode e deve participar de todo esse processo. Um recém-nascido exige muita atenção e cuidado, dividir as tarefas como troca de fralda, banho e roupa, colocar para arrotar, é uma maneira de ajudar a mãe e se aproximar do bebê.

Aceite ajuda, isso não invalida seu esforço e trabalho como mãe

Aceitar ajuda é fundamental, se a família ou amigos podem ajudar, aceite essa ajuda. A mais básica das tarefas como lavar a louça ou varrer o chão, pode se tornar complicada e difícil de achar um tempo para fazer. Não tenha receio ou constrangimento em receber esse suporte.

Horário para visitas

Estabeleça horários para que os familiares e pessoas próximas visitem o pequeno. Os pais sabem qual o melhor horário de acordo com a rotina que está sendo construída para o recém-nascido. Claro, os horários devem ser os mais convenientes para os pais.

Tenha um tempo para você

Lembre-se de se cuidar, se alimentar bem sem pular refeições, manter-se hidratada e tirar um tempo apenas para você. Tirar um tempo para si mesma é extremamente importante, quem cuida também precisa ser cuidado.

 

Ao menor dos sinais procure orientação médica, nada substitui a ajuda profissional. Gostou das nossas dicas? Corre lá no nosso Instagram e conte para nós como foi esse processo para você.

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